Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
- Você aí menino, para onde vai essa estrada?
- Ela não vai não: nós é que vamos nela.
- Engraçadinho de uma figa! Como você se chama?
- Eu não me chamo não, os outros contumam me chamar de Zé.
Paulo Mendes Campos